A maioria das espécies conhecidas vive no meio silvestre, associadas a uma diversidade de
fauna e flora. É importante ter em mente que essa associação a habitats é dinâmica, ou seja, uma
espécie hoje considerada exclusivamente silvestre, pode tornar-se domiciliada se as condições em
que vive forem alteradas.

Das 140 espécies de triatomíneos conhecidas atualmente, 69 foram identificadas no Brasil e
são encontradas em vários estratos florestais, de todos os biomas.
Com a interrupção da transmissão vetorial por Triatoma infestans no país, quatro outras espé-
cies de triatomíneos têm especial importância na transmissão da doença ao homem: T. brasiliensis,
Panstrongylus megistus, T. pseudomaculata e T. sordida.

Espécies como o T. rubrovaria, no Rio Grande do Sul, e Rhodnius neglectus, em Goiás, têm
sido encontradas colonizando o domicílio. O T. vitticeps (Rio de Janeiro e Espírito Santo) e o P.
lutzi (Ceará e Pernambuco) merecem atenção pelas altas taxas de infecção natural. Por sua vez, R.
nasutus é frequentemente capturado no peridomícilio do nordeste brasileiro (Ceará e Rio Grande
do Norte). Na Amazônia, as espécies mais encontradas são R. pictipes, R. robustus, P. geniculatus,
P. lignarius e T. maculata.

As espécies do gênero Rhodnius encontram-se predominantemente associadas a palmeiras,
enquanto as espécies do gênero Triatoma e Panstrongylus, vivem preferencialmente em associação
com hospedeiros terrestres. Algumas poucas espécies, ao longo de seu processo evolutivo, adaptaram-se aos domicílios e às estruturas construídas no peridomicílio, como galinheiros e chiqueiros,
e tornaram-se mais importantes na transmissão da doença ao homem.

A maioria das espécies de triatomíneos deposita seus ovos livremente no ambiente, entretanto, algumas possuem substâncias adesivas que fazem com que os ovos fiquem aderidos ao substrato. Essa é uma característica muito importante, uma vez que ovos aderidos às penas de aves
e outros substratos podem ser transportados passivamente por longas distâncias, promovendo a
dispersão da espécie.

A introdução no domicílio de materiais com ovos aderidos (como folhas de palmeiras para
cobertura de casas e lenha) pode favorecer o processo de colonização.

A oviposição ocorre entre 10 a 30 dias após a cópula e o número de ovos varia de acordo com
a espécie e, principalmente, em função do estado nutricional da fêmea. Uma fêmea fecundada e
alimentada pode realizar posturas por todo o seu período de vida adulta.

Reservatório é um sistema ecológico complexo formado por uma ou mais espécie, responsá-
vel pela manutenção de um parasito na natureza. Esse sistema deve ser consistente e considerado
sempre em uma escala espaço-temporal única. Portanto, considera-se reservatório não mais uma
espécie animal, mas um sistema ecológico (formado por uma ou mais espécies) no qual o parasita
sobrevive. Esse sistema deve ser duradouro, abundante e incluir uma grande proporção da biomassa de mamíferos locais.

Alguns animais silvestres, como quatis, mucuras e tatus, aproximam-se das casas, frequentando galinheiros, currais e depósitos na zona rural e periferia das cidades. Em alguns casos, como
os morcegos, compartilham ambientes com o homem e animais domésticos. 
Desse modo, essas espécies podem estar servindo como fonte de infecção aos insetos vetores que ocupam os mesmos habitats dos humanos.

Período de incubação
• Transmissão vetorial – de 4 a 15 dias.
• Transmissão transfusional – de 30 a 40 dias ou mais.
• Transmissão vertical – pode ser transmitida em qualquer período da gestação ou durante o 
parto.
• Transmissão oral – de 3 a 22 dias.
• Transmissão acidental – até, aproximadamente, 20 dias.

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